Por: Amélia Rodrigues
Miles Halter é um “zé ninguém”: não tem amigos, namorada, não é convidado para festas e nem é o melhor em esportes ou qualquer outra coisa. Vive na Flórida com seus pais e tem como hobby ler biografias e decorar as últimas palavras das mais diversas personalidades.
Iniciando o último ano do ensino médio, exaurido de sua vida pacata e sem emoção, Miles decide sair em busca do que o filósofo francês François Rabelais chamou em seu leito de morte de “o grande talvez”, e se transfere para a Culver Creek, um colégio interno do Alabama.
“Passamos a vida inteira no labirinto, perdidos, pensando em como um dia conseguiremos escapar e em como será legal. Imaginar esse futuro é o que nos impulsiona para a frente, mas nunca fazemos nada. Simplesmente usamos o futuro para escapar do presente.” (Quem é você, Alasca?).
Uma nova vida cheia de surpresas o espera no internato: nova rotina, novos hábitos ruins, novos amigos e uma nova paixão. Alasca Young era uma garota linda, inteligente, sensual e misteriosa o bastante para atrair Miles para seu labirinto.
“Ela tinha namorado. Eu era um palerma. Ela era apaixonante. Eu era irremediavelmente sem graça. Ela era infinitamente fascinante. Então voltei para o meu quarto e desabei no beliche de baixo, pensando que, se as pessoas fossem chuva, eu era garoa e ela, um furacão.” (Quem é você, Alasca?).
Vivendo a vida “adoidados”, Miles e seus amigos aprontam, fazem trotes, planejam vinganças e ainda mantém as notas altas. Entretanto o maior desafio desses jovens ainda está caminhando para eles, rápida e diretamente.
Um romance cheio de questões filosóficas, de uma infinita busca pela liberdade e o sentido da vida. O primeiro romance de John Green é, particularmente, o meu favorito.
“Pensamos que somos invencíveis porque realmente somos. Não nascemos, nem morremos. Como toda energia, nós simplesmente mudamos de forma, de tamanho e de manifestação. Os adultos esquecem disso quando envelhecem. Ficam com medo de fracassar. Mas essa parte que é maior do que a soma das partes não tem começo e não tem fim, e, portanto, não pode falhar” (Quem é você Alasca?).
Resenha de Quem é você, Alasca? por Giovanna Ferrarezi
Quem é você, Alasca?, apesar de ser o primeiro livro de Green e um dos melhores (senão o melhor), não tem previsão de receber adaptação para o cinema. Segundo declaração dada pelo autor em suas redes sociais em junho de 2016, quando muitos rumores surgiram. Um ótimo roteiro foi escrito por Josh Schwartz, mas nenhuma produtora está disposta a investir os 10 milhões necessários para produzir esse filme.
Sobre o autor
John Green, autor premiado e best-seller do The New York Times, é formado em língua inglesa e estudos religiosos pelo Kenyon College, em Ohio. Nasceu em 1977 em Indiana, onde vive com a mulher e o filho, e ao longo dos anos morou em Nova York, Illinois, Michigan, Flórida e Alabama. Atuou como redator na National Public Radio em Chicago, foi editor assistente e de produção da revista de resenhas literárias Booklist e assinou críticas de livros para o The New York Times. Personalidade ativa na internet, além do próprio blog, do Twitter e do canal do YouTube Vlogbrothers, John coapresenta os vídeos do projeto "Crash Courses": canal on-line com aulas gratuitas de história e biologia.
É autor de: A culpa é das estrelas; O teorema Katherine; Will & Will; Deixe a neve cair; Cidades de papel e Quem é você, Alasca? Seu novo romance “Tartarugas até lá embaixo” tem lançamento mundial programado para 10 de outubro deste ano.
*Imagens retiradas do banco de dados do Google
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