São Paulo detalhou, nesta segunda-feira (11), como funcionará a logística de distribuição e aplicação das vacinas contra Covid-19 em seu plano estadual de imunização.
O governador João Doria (PSDB) manteve a data de início da vacinação no estado para o próximo dia 25, e reiterou que até agora o governo federal não definiu uma data para o programa nacional.
Doria destacou que a data de início só será modificada e antecipada caso a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) conceda, antes do dia 25, a autorização de uso emergencial à CoronaVac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac Biotech.
“O Programa Estadual de Imunização está mantido, afinal, não conhecemos todos os detalhes do PNI (Plano Nacional de Imunização). Nem nós, nem ninguém. Conhecemos o esboço, os detalhes, não. (...) Em São Paulo, começaremos a vacinar dia 25. Se for possível com respaldo a Anvisa, começaremos antes, e tomara que o Brasil comece antes”.
O cronograma inicialmente divulgado prevê a 1ª fase entre 25 de janeiro de 2021 a 28 de março de 2021, totalizando 9 semanas. Haverá uma escala por faixa etária, iniciando pelos trabalhadores da saúde, quilombolas e indígenas. Depois, avançando primeiro nos mais idosos.
Até agora, o Butantan já possui 10,8 milhões de doses da CoronaVac prontas e à disposição. As doses produzidas no Instituto Butantan sairão semanalmente até um Centro de Distribuição Logística. De lá, elas chegarão a população até as salas de vacinação de duas maneiras:
Aos 200 municípios com mais de 300 mil habitantes, as cargas chegarão diretamente do Centro de Logística
Para as demais 445 cidades, as vacinas serão redistribuídas para 25 Centros de Distribuição Regionais e os próprios municípios farão as retiradas semanais
A média prevista é do envio de 2 milhões de doses por semana
Os postos de vacinação existentes totalizam 5,2 mil, mas poderão ser ampliados para até 10 mil postos utilizando escolas, quartéis da Polícia Militar, estações de trem, terminais de ônibus, farmácias e sistema drive-thru.
Público-alvo | Primeira dose | Segunda dose |
Trabalhadores da saúde, indígenas e quilombolas | 25 de janeiro | 15 de fevereiro |
75 anos ou mais | 08 de fevereiro | 1° de março |
70 a 74 anos | 15 de fevereiro | 08 de março |
65 a 69 anos | 22 de fevereiro | 15 de março |
60 a 64 anos | 1° de março | 22 de março |
De segunda a sexta-feira, das 8h às 22h;
Sábados, domingos e feriados: das 8h às 18h;
Os horários podem ser alterados conforme a necessidade, segundo o governo
5,2 mil câmaras de refrigeração nos 25 GVE (Grupos de Vigilância Epidemiológica Regional)
Possibilidade de locação de 25 geradores extras, um para cada GVE
75 milhões de seringas e agulhas disponíveis
20 milhões já distribuídas na rede estadual, montando um estoque estratégico
50 milhões ainda serão entregues mensalmente até agosto
25 mil policiais farão a escolta das vacinas e segurança dos locais de vacinação
52 mil profissionais de saúde serão responsáveis por:
Preparo e organização das salas de vacinação;
Aplicação da vacina e registro em sistema;
Navegação e funcionalidade da plataforma de cadastro de vacinação;
Preenchimento das fichas para notificação de farmacovigilância;
70 caminhões refrigerados farão as rotas semanais com monitoramento de temperatura dos lotes, rastreamento por radiofrequência, equipe de apoio da PM, e auditoria independente sobre volume da carga movimentada
Os deslocamentos das vacinas do Instituto Butantan até o Centro de Distribuição Logística serão acompanhados por agentes da Força Tática da PM e da Rocam (Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas)
Nas demais rotas até os municípios, o policiamento será feito por policias da Polícia de Choque
Guarda Montada será colocada no Centro de Distribuição Logística e no próprio Butantan
Os comandos regionais da PM manterão ainda uma articulação com as Guardas Municipais
A previsão do governo passada em dezembro do ano passado é que essa logística para distribuição das doses na primeira fase custe em torno de R$ 100 milhões. O valor, no entanto, não inclui as seringas, agulhas necessárias.
De acordo com o governo, cada município deverá elaborar um "plano de recebimento e armazenamento" da vacina.
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